O efeito da globalização trouxe diversos pontos positivos para a nossa sociedade atual, mas certamente um deles está na possibilidade de capturar e utilizar talentos em escala global. Atualmente, o mercado de trabalho está mais avançado, ágil e pronto para receber profissionais de todo o mundo. Isso porque esse efeito rede criado a partir da utilização da internet junto ao desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas que utilizam de nuvens, disponibilizadas por servidores ao redor do globo, aproximou os profissionais e, consequentemente, flexibilizou ainda mais os modelos de negócios.
Dessa forma, o trabalho remoto tornou-se mais usual e, muitas vezes, o preferido por parte dos profissionais e também dos empregadores. Neste caso, devemos considerar principalmente o custo operacional que as empresas possuem com escritórios fixos, além do custo que trabalhadores possuem com transporte e tempo de deslocamento.
Estudos recentes com CEOs do mercado apontam que a especialização (talento) dos profissionais é o ponto mais crítico para 70% das empresas lideradas pelos entrevistados, de acordo com a consultoria PwC.
Ao passo que os empregadores possuem acesso ao mercado global de empregados, o oposto também é verdadeiro. Logo, esse efeito gera uma forte pressão nos processos de contratação e também na retenção de talentos, uma vez que os profissionais terão um maior número de opções disponíveis e uma forte tendência a aplicar para vagas que possuem maior flexibilidade e que se encaixam melhor de acordo com suas necessidades. Quando falamos de competição global, instituições mais bem capitalizadas e localizadas em países com uma economia mais sólida acabam possuindo vantagem nesse aspecto.
O mercado estima que mais de 40 milhões de startups serão criadas globalmente nos próximos anos, esse movimento eleva ainda mais a pressão pela busca e retenção de talentos.
Tudo isso nos faz pensar: “qual é a solução mais eficaz e capaz de atender o movimento de aumento na demanda?”. Sem dúvidas, nós, do time da Growyx, acreditamos que a força de trabalho mista é a solução ideal e a mais procurada hoje pelas empresas para atrair os melhores talentos do mercado e alavancar de vez os projetos em desenvolvimento, agregando mais qualidade aos produtos e serviços prestados.
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MAS AFINAL, O QUE É E QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DE TIMES CLASSIFICADOS COMO MISTOS?

Como o próprio nome já nos sugere, a ideia de “times mistos” está relacionada à estrutura organizacional de equipes que possuem profissionais internos trabalhando em conjunto com profissionais externos (freelancers).
Em sua maioria, esses freelancers são freelancers 4.0, ou seja, profissionais part-time que executam projetos de alto nível em times de produtos digitais.
A solução de times mistos pode ser empregada com finalidades de curto, médio e longo prazo. E a união dos empregados internos e externos é um benéfico para o negócio, principalmente nos quesitos de qualidade e também velocidade de desenvolvimento. Contratar profissionais freelancers proporciona maior agilidade no processo e o trabalho em conjunto com profissionais internos otimiza significativamente a curva de aprendizado.
Quando é necessário fazer esse tipo de integração, existem algumas ações e ferramentas que poderão facilitar ativamente o processo como um todo. Por esse motivo, aqui estão algumas recomendações úteis como:
– Comunicação assíncrona e forte cultura de documentação
– Trabalhar no modelo de squads, onde cada equipe tem sua demanda específica
– Utilização de pipelines e conceito de CI/CD no time de engenharia*
– Acompanhar o time externo do mesmo modo que é feito com o interno, como se fossem apenas 1 unidade
– Ter ambientes variados de desenvolvimento (teste e produção)
– Criar o papel do facilitador técnico (interno) que ajude os freelancer na compreensão de questões mais específicas
* CI/CD em forma literal é compreendido como continuous integration/continuous delivery que define um método de integração e entregas contínuas em um time de engenharia de software.
O menor custo financeiro alinhado com a otimização nos processos de entrega e também na qualidade do serviço são os principais benefícios que esse modelo é capaz de entregar. Além disso, também é possível verificar que com essas atitudes, a empresa aumenta sua capacidade de reter talentos, pois evita que exista um aumento em seu turnover (rotatividade de funcionários em prazos curtos).
Estima-se que nos Estados Unidos cerca de 30% da força de trabalho atual trabalha de forma contingente. A projeção é que nos próximos anos esse número se torne superior.
COMO DEFINIR O PERCENTUAL IDEAL ENTRE AS PARTES?
Idealmente, a razão entre os profissionais internos e externos é uma questão que deve ser avaliada caso a caso. Isso porque o contexto econômico, momento da empresa e a quantidade de projetos em desenvolvimento são fatores determinantes na hora de definir quais serão os formatos dos times. Por isso, torna-se necessário uma análise específica que seja capaz de determinar a disponibilidade dos profissionais full-time, capacidade de contratação de novos funcionários part-time, disponibilidade do caixa para direcionar recursos para essa finalidade e, por fim, quais ferramentas de comunicação a empresa já tem disponível para absorver os novos integrantes, principalmente os freelancers.
A Growyx, portanto, acredita que uma equipe com configuração mista é mais recomendada para condições em que o time interno está sobrecarregado e com alto volume de demandas. Deste modo, espera-se que a qualidade do produto final possa ser melhorada e que todo o processo de produção aconteça com maior agilidade.
Na imagem abaixo, você pode conferir o exemplo de uma configuração em que os profissionais freelancers estão integrados ao time com a finalidade de complementar a equipe principal e acelerar o desenvolvimento do produto, tirando a sobrecarga de atividades dos profissionais que já estão alocados no projeto de forma full-time. O equilíbrio entre 80% interno e 20% externo é uma solução viável em condições desse tipo:

Um exemplo desse tipo de configuração:
Full-time
1 Product Manager
1 CTO
1 Product Owner
1 Tech Lead
1 Product Designer
2 Devs júniors
3 Devs plenos
Freelancers
1 Dev sênior
2 Devs plenos
Uma outra opção viável também é estabelecer uma equipe de produto que seja 100% externa, ou seja, todos freelancers. Com essa configuração, o recomendado é que os profissionais que fazem parte do time de gestão e que estão focados em estratégia sejam profissionais full-time e internos ao negócio.
Nesse caso, os profissionais full-time são de extrema importância, pois eles serão capazes de assegurar a qualidade e o direcionamento do projeto, enquanto os freelancers estarão focados apenas no produto. Esse tipo de modelo organizacional é indicado para o momento em que os profissionais internos já estão trabalhando com o limite de atividades e a empresa precisa desenvolver novas features/atividades ou deseja iniciar um novo projeto. A solução acaba sendo mais viável do ponto de vista econômico, quando comparamos com a outra opção que envolve dar início em um processo de contratação para formar todo o time (o que se torna moroso como consequência da escassez de profissionais de tecnologia no mercado) ou até mesmo contratar uma consultoria/agência externa.
Segue abaixo um outro exemplo desse tipo de configuração:
Time de gestão
1 Product Manager
1 Tech Lead
Time operacional
1 Product Owner
1 Product Designer
1 Dev sênior
3 Devs plenos
Por fim, e talvez o modelo mais elaborado de equipes mistas, está o design organizacional misto, que é o que mais se aproxima de uma condição de 50% freelancers e 50% profissionais full-time.
Nesse tipo de configuração, o time seria:
Full-time
1 CEO
1 CFO
1 CTO
1 COO
1 Tech Lead
1 Product Manager
2 Devs júniors
3 Devs plenos
1 Head of sales
1 Analista financeiro
1 BDR
1 Analista de marketing
Freelancers
1 Head of Marketing
1 Consultor jurídico
1 Dev sênior
2 Devs plenos
1 Product Designer
1 Content Designer
1 Analista de BI
1 Copywriter
Esse é o modelo que a Growyx encara como o futuro das organizações inovadoras e ágeis. Ter um mix entre colaboradores full-time e freelancers facilita a atração de talentos, aumenta a senioridade dos times e diminui o risco de ter uma folha de pagamento inchada com profissionais que custam caro e são super disputados no mercado.
Apesar de ser o nosso modelo favorito, por ser capaz de trazer maior flexibilidade e diversidade da força de trabalho, é um design organizacional que demanda uma série de requisitos mínimos para que a empresa esteja apta a receber e gerenciar os profissionais freelancers. A empresa precisa, portanto, ter uma cultura remote first, onde prioriza a comunicação assíncrona (em ferramentas como o Slack) e documenta tudo aquilo que seja importante (em ferramentas como Notion e Google Docs), sendo capaz de esclarecer dúvidas básicas dos profissionais sem ter que recorrer a uma reunião. Além disso, uma infraestrutura de desenvolvimento com vários ambientes é necessária para os times de engenharia, pois isso diminui o risco dos profissionais fazerem deploy (ou implementação) diretamente no ambiente de produção, podendo trazer um maior risco e instabilidade para o seu negócio.
A principal característica positiva desse modelo está relacionada à capacidade que a estrutura tem de concentrar grandes talentos e trazer bons profissionais ao time, algo que, talvez, não seria possível de acrescer no modelo full-time, isso sem falar no benefício de pagar o freelancer apenas por horas trabalhadas, ou seja, quando a atuação do profissional for de fato necessária no projeto. Nesse sentido, a empresa mantém uma estrutura de gastos mais sustentável, podendo até, em momentos de instabilidade, diminuir o seu efetivo de profissionais freelancers. Sendo, dessa forma, menos “doloroso” e traumático para empresa em momentos de retenção de custo.
Por fim, um outro grande diferencial desse modelo está no uso de profissionais sêniores no treinamento dos profissionais juniores e plenos. Por exemplo: a equipe externa de DEV sênior pode ser direcionada para o treinamento da equipe de DEV junior interna. Assim, um profissional mais experiente repassa o seu conhecimento pontual acerca de determinado assunto, solucionando o tempo de treinamento da equipe júnior que estará de maneira full-time colocando em prática todo o aprendizado. Com equipes mistas, a ausência de um DEV sênior full-time não culmina em problemas relacionados à falta de qualidade na entrega, falta de processos ou mesmo atrasos constantes.
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Daniela Zschaber
Redatora, poliglota, letrista, graduanda em Ciência de Dados e apaixonada por tecnologia. Nas horas vagas sou profissional de Carinho em Gato e aprendiz da língua russa!